sexta-feira, 16 de julho de 2010

Na falta de efetivo nas ruas, a solução é a Segurança Privada

Por Daiane Benso
daibenso@hotmail.com

A falta de policiais e viaturas colabora para a sensação de medo dos cidadãos

Baln. Camboriú – Vive-se hoje em dia com medo. Assaltos, roubos, sequestros, assassinatos, entre outras formas de violência, fazem com que o ser humano recorra a serviços que lhe garantam mais segurança. Uma alternativa buscada é a contratação de empresas que prestam serviço de segurança particular.

Em setembro deste ano, o Grupo Securisystem completa dois anos de trabalho voltado à segurança na cidade. Conforme o gerente regional comercial da empresa, Anderson Nunes Notargiacomo, pessoas físicas e jurídicas contratam empresas de segurança privada para terem mais tranquilidade. “No ramo de atividade eletrônica, as pessoas acabam optando pelo monitoramento de alarme, monitoramento com imagem e por imagem, desarmada, armada e rastreamento para prevenção aos imóveis, para se sentirem mais seguras”, contou.

Notargiacomo salientou que a criminalidade vem aumentando com a escassez de empregos e a disseminação do tráfico de drogas, e assim, diminui-se a sensação de segurança. “Ficamos cada vez mais dependentes da Polícia Militar (PM) para combater estes delitos e isso não é uma tarefa muito fácil, pois os recursos nesta área acabam não sendo suficientes”, afirmou.

EMPRESA

O Grupo Securisystem é uma empresa registrada no Conselho Regional de Administração (CRA/RS) e Grupamento Supervisão e Guardas da Brigada Militar (GSVG), órgão que regulariza e monitora as empresas de Segurança Eletrônica no Estado do Rio Grande do Sul.

A Securisystem trabalha 24 horas, desenvolvendo atividades de prestação de serviço de monitoramento de alarme, monitoramento por imagem e com imagem, instalação e execução de projetos para sistemas de alarme, câmeras, controle de acesso, biometria, sistemas perimetrais, reconhecimento facial, movimentadores de portão de garagem, porteiros analógicos e digitais. A empresa conta com aproximadamente 250 colaboradores diretos e outros 250 indiretos.

PORTE DE ARMA

A Securisystem não utiliza qualquer tipo de arma para o trabalho. Segundo Notargiacomo, nenhuma empresa que preste serviço de monitoramento eletrônico de alarme, câmeras, controle de acesso ou portaria pode exercer esta atividade com arma de fogo letal ou não letal. “Apenas empresas com registro na Polícia Federal (PF) e com postos de serviço autorizados ou escolta armada podem utilizar armas letais”, explicou.

CLIENTES

A empresa ultrapassa dez mil clientes em toda a carteira, sendo a maioria espalhados no Rio Grande do Sul, visto que a matriz é em Santa Maria, e nas 15 unidades localizadas no Estado. Em Balneário Camboriú, a empresa atua há quase dois anos e já conta com mais de 360 clientes, tendo o foco voltado para condomínios, pois detém de uma tecnologia ainda não aplicada por outras empresas da região.

VISÃO DA PM

O chefe de comunicação da PM, tenente Ricardo Sartori, acredita que as pessoas são levadas a procurar empresas de segurança privada mais pela sensação de medo. “O que ocorre é que a PM tem a missão de garantir a segurança coletiva da sociedade, e empresas privadas trabalham somente para uma pessoa, família ou empresa”, ressaltou.

Conforme Sartori, a PM nunca vai conseguir diminuir o crime. “Por mais que façamos o nosso trabalho nunca conseguiremos controlar a criminalidade. O que fazemos é coibir estas práticas”. O tenente ainda disse que a falta de recursos, como policiais e viaturas, colabora para a sensação de medo que os cidadãos têm. Porém, lembra que a PM está sempre realizando varreduras e operações, visando diminuir os atos de violência.

Quanto à Segurança Privada, o tenente ressaltou que se a pessoa acha necessário comprar este serviço, ele não vê problemas. “A PM não pode trabalhar unicamente para uma pessoa, trabalho que estes tipos de empresas fazem, e eu considero bom. No entanto, recomendo observar a regularização da empresa, para de fato, poder confiar na mesma”, ressalvou.

Questionado sobre uma possível parceria entre a Polícia e empresas privadas de segurança, Sartori disse que seria interessante. “Com certeza um trabalho de parceria poderia surtir efeitos positivos, e ajudar ainda mais na coibição de crimes”, finalizou.

Fotos: Divulgação/Google

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