sábado, 31 de julho de 2010

Atenção:Lei que proíbe o uso de calculadora no comércio é questionada

Por Daiane Benso
daibenso@hotmail.com

CDL e Sincomércio estão orientando os lojistas quanto à fiscalização

Baln. Camboriú – A Lei 9532/97, que proíbe o uso de calculadoras no comércio, é questionada por grande parte dos estabelecimentos da cidade. A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Balneário Camboriú e o Sindicato do Comercio Varejista (Sincomércio), estão orientando os lojistas para estarem atentos à fiscalização.

O presidente da CDL, Altamir Osni Teixeira, explicou que a Lei é complexa e o objetivo é fazer com que o comerciante não sonegue impostos e que a vendas fiquem registradas. “Os lojistas devem estar atentos à interpretação por parte dos fiscais. O texto da Lei é complexo e deixa margem para autuações caso não seja respeitado”, ressaltou.

ORIENTAÇÃO
Para evitar complicações, a CDL e o Sincomércio orientam os lojistas, principalmente aqueles que não estão informatizados, que eliminem do ponto de vendas as máquinas calculadoras, deixando somente o imprescindível com os vendedores.

Teixeira salientou que independente da orientação da CDL, os fiscais têm liberdade para interpretar a Lei e aplicar multa de acordo com seu parecer. “Em Itajaí dois estabelecimentos já foram multados. Em Balneário Camboriú até o momento nenhum”. Segundo ele, o valor da multa é de R$ 3 mil.

SEM EFEITO
A proprietária de um mercado da rua Bélgica, Daniele Ribaski, não conhecia a Lei, e acha que não surte efeito positivo. “Não vai ser a Lei que vai impedir que o comerciante sonegue imposto”, enfatizou. O comerciante de outro estabelecimento da mesma rua, Thiago Luis Freitas, concorda com Daniele. “Eu não conhecia a Lei e acho que não é o uso da calculadora que vai facilitar ou dificultar a sonegação”, ressalvou.
Mesmo tendo conhecimento da Lei, o gerente de um estabelecimento comercial da avenida do Estado,  Sávio Canova, acredita que não terá saldo positivo. “A Lei não vai mudar em nada. Somente serão coibidos e penalizados os estabelecimentos que usarem a calculadora, mas isso não vai fazer com que não ocorra sonegação”, observou.

LEI
O artigo 13 da Lei diz que se a pessoa jurídica houver praticado ou, por qualquer forma, houver contribuído para a prática de ato que constitua infração a dispositivo da legislação tributária, especialmente no caso de informar ou declarar falsamente, omitir ou simular o recebimento de doações em bens ou em dinheiro, ou de qualquer forma cooperar para que terceiro sonegue tributos ou pratique ilícitos fiscais, o mesmo será penalizado. A Lei é Federal e vale para todo Território Nacional. 

Foto: Divulgação/Google

sexta-feira, 30 de julho de 2010

O surfe do Vale do Itajaí não é mais o mesmo

A Associação de  Surfe Praias de Itajaí (Aspi) anunciou, na última segunda-feira, que a etapa itajaiense do WQS, a divisão de acesso do circuito mundial de surfe, foi cancelada. A competição seria realizada na Praia Brava, entre os dias 5 e 10 de outubro.

Segundo Cristhyan Corrêa, da Aspi, o motivo da cidade não ser mais sede de umas das etapas do Mundial foi o desligamento de um dos patrocinadores âncoras, já que o apoio da Prefeitura e do Governo do Estado já estavam garantidos. Itajaí sediou as etapas nos anos de 2007 e 2008.

O que está acontecendo com o surfe da região do Vale do Itajaí?  Acabaram-se as competições! Em Balneário agora tem uma nova Associação de Surfe, a OSBC, já que a antiga, Associação de Surfe de Balneário Camboriú (ASBC), deve mais de R$ 90 mil ao município desde 2007e não tem promovido competições, pois está impossibilitada de receber qualquer recurso municipal, estadual ou federal, pois está com o CNPJ sujo.

Como a cidade é uma das maiores fabricantes de atletas, a desorganização dos cartolas da região vem refletindo nos resultados de âmbito estadual.  Esse ano, a equipe catarinense trouxe um modesto quinto lugar do Brasileiro Amador, disputado em Vila Velha, no Espírito Santo.

O que os cartolas do surfe estão fazendo com o esporte na região?

Devido a isso, resolvi interar-me do esporte mais tradicional desta terra linda e maravilhosa que é a Santa & Bela. Qual a minha surpresa? Que além dos nove títulos catarinenses por equipe, os irmãos, campeões mundiais, Teco e Neco Padaraz começaram na modalidade na Associação de Surfe de Balneário Camboriú (ASBC).

Mas descobri mais! Descobri que James Santos trouxe da Califórnia para Balneário um mundial de surfe amador. Descobri que Ícaro Cavalheiro, natural da ilha das Cabras, e Luli Pereira, foram campeões catarinenses em todas as categorias: mirim, júnior, open e profissional. Atualmente, eles são árbitros da primeira e da segunda divisão do surfe mundial.

Descobri também, que vem surgindo um novo nome no cenário mundial: Willian Cardoso, atual 32° do World Qualifying Series (WQS), é presença confirmada na lista provisória dos dez surfistas que serão indicados pelo ASP World Ranking para a elite do surfe mundial no ano que vem. 

Entusiasmei-me e pensei: Vai dar uma matéria legal! Fui, então, saber sobre os campeonatos e os circuitos que rolam na cidade mais tradicional do surfe catarinense. Qual a minha segunda surpresa? Que de 2006 para cá, os números de competições vem caindo drasticamente.

As competições sumiram

Para se ter uma ideia, em 2006, foram realizados quatro campeonatos Pro AM (campeonato profissional onde os amadores podem ganhar 50% da premiação), três etapas estudantis, uma etapa do campeonato Catarinense Profissional e o Surfe Games (interassociações catarinenses).

Em 2007, teve um Pro AM e um estudantil a menos. Já no ano seguinte, a cidade seguiu com os três Pro AM, os dois estudantis, voltou a ter o Surfe Game e o Catarinense Profissional. Porém, em 2009, rolaram apenas dois campeonatos amadores.  O mesmo número desse ano.

Segundo Saulo Lira, assessor de imprensa da Fundação Municipal de Esporte de Balneário Camboriú (FME), em 2010, Balneário Camboriú só teve duas competições: uma promovida pela ASBC e outra realizada pela OSBC.

Não consegui entender como uma cidade que é uma fábrica de campeões e tem uma associação de surfe tão respeitada, que chegou a ter dez etapas de circuito local em um ano, possa ter apenas dois campeonatos amadores durante 365 dias. Corri atrás para tentar achar o motivo e acabei descobrindo que existia a Liga de Esportes Radicais de Balneário Comburiu (Lerbc).

A Lerbc foi fundada no dia 12 de maio de 2003, com a função de dar suporte às modalidades não olímpicas de Balneário, caso do surfe. No dia 27 de novembro de 2007, a câmara de vereadores de Balneário Camboriú aprovou e sancionou uma lei que autoriza a o poder executivo, através da FME, a repassar a bagatela de R$ 126 mil à Lerbc pra divulgar o esporte do município e incentivar a prática esportiva.

O primeiro artigo da lei é claro, e diz que a entidade é obrigada a apresentar as contas do ano anterior ao setor de controle interno do município para poder receber a verba novamente no ano seguinte. Caso contrário, o repasse do dinheiro seria suspenso.

Elder Leão, presidente da Lerbc de 2004 a 2009, atualmente vice-presidente da Federação Catarinense de Surf (Fecasurf), diz que, entre 2007 e 2009, a liga realizou 133 eventos com a verba da lei nas 21 categorias que integravam a entidade.

Ele também afirma que prestou contas ao município e que a Liga está com o CNPJ limpo para receber recursos, mas que por divergências políticas não viu a cor do dinheiro “Depois que mudou o governo, não recebemos mais nada da prefeitura. A fundação não quis mais nos ajudar, foi uma baita sacanagem”, diz Leão, que também foi presidente da ASBC em 2006 e 2007.

Elder ainda falou que agora, em vez de repassar a grana pra Liga, a FME distribui uma mixaria pra cada associação. “Ao invés de darem o valor proposto por lei, eles repassaram R$ 8 mil para cada entidade. Com esse valor não dá pra fazer muita coisa”, afirma.

Entretanto, o problema do surfe camboriuense não é só porque a verba da lei não vai mais pra liga, mas sim, porque a FME não pode repassar recurso para a ASBC porque o CNPJ da associação, esse sim, está sujo.

Dívida da ASBC é maior do que se pensava

Conforme a controladoria Geral do Município, a ASBC deve ao município R$ 91 mil. A dívida é oriunda da gestão de Élder Leão, e é referente à falta de prestação de contas dos anos de 2006 e 2007. O caso está com a procuradoria Judicial do Município e agora será feita a cobrança judicial.

Em 14 de novembro de 2008, o Ministério Público pediu a controladoria Geral do Município que apresentasse a documentação referente às verbas destinadas a ASBC. Como Élder só apresentou as cópias dos documentos pedidos, sem os originais, e não recolheu INSS, a comissão Especial de Tomada de Contas concluiu que a associação deu prejuízo ao município e que o convênio existente entre prefeitura e ASBC teve desvio de finalidade.A comissão ainda relatou no processo, que as declarações do ex-presidente foram evasivas, e que o próprio Élder reconhece isso. “Faltou conhecimento na prestação de contas”, diz o ex-presidente da ASBC.


Sandro Bernardone, superintendente da FME, disse que não tá podendo repassar nada de dinheiro pra ASBC por causa da dívida e que o perrengue continuará até ela prestar conta ao ministério público. “Não posso dar verba a ASBC enquanto o CNPJ estiver sujo. Mas os campeonatos não são feitos pelo poder público, nós apenas ajudamos a viabilizá-los”, afirma. 


Fotos :Deivid Couto

Marcílio Dias busca primeira vitória na Série D

Reunião no centro do gramado, uma resenha bem calma com os jogadores, e um apelo por comprometimento, dedicação e coletividade a partir deste domingo, no Paraná, quando o Marcílio Dias entra em campo contra o Iraty pensando apenas na vitória.

Foi desta forma que o novo técnico do Marinheiro, Cláudio Roberto, pós graduado em Educação Física, iniciou os trabalhos ontem, no estádio Hercilio Luz, visando a primeira vitória do Marinheiro na Série D do Campeonato Brasileiro.

Cláudio assumiu o comando da equipe na última segunda-feira, após o técnico Elói Kruger se desligar da agremiação alegando problemas pessoais. Na terça-feira, foi a vez do coordenador de futebol, Giovani Nunes abandonar o barco, e ontem, o lateral-esquerdo Jorginho, também fez as malas e deu Adeus ao time peixeiro. Para seu lugar, a diretoria trouxe Rudson, que trabalhou com Roberto no Águia Negra, time do Mato Grosso do Sul.

O técnico interino ainda não definiu a equipe que irá enfrentar o Iraty, no próximo domingo, no Paraná. Ele  aguarda pela liberação de Rudson e pelo treino de hoje a tarde, onde testará a formatação tática da nova equipe do Marcílio. 



Conheça Cláudio Roberto

Cláudio Roberto Silveira, 34 anos, paranaense, Professor de Educação Física, pós-graduado em Educação Física Escolar, começou sua carreira em 2001 como preparador físico do Cascavel Esporte Clube (PR). Em 2004, conquistou seu primeiro título: Campeão dos Jogos Aberto do Paraná pelo União Cascavel. O jovem técnico passou ainda por clubes do Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, onde, em 2007, foi campeão Sul Mato-grossense no Esporte Clube Asa Negra.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Podcast: Sports do Vale

O Sports do Vale é apresentado por Deivid Couto e traz todas as informações esportivas do Vale do Itajai, Brasil e do mundo. O jornalista atualiza os internautas a cada rodada do Brasileirão 2010, com grandes trilhas sonoras. Confira!

Trilhas:
Etana - Happy Heart
Coldplay – Yellow

Confira os destaques do programa desta segunda-feira, 29 de julho de 2010:

Inter vence São Paulo e sai na frente na semifinal da Libertadores
Meninos da Vila desencantam e Santos bate Vitória na primeira partida da final da Copa do Brasil
Marcilio Dias teve mais duas baixas essa semana
FCF divulga data das semifinais dos estaduais juvenil e junior
Figueirense vai a Salvador enfrentar o Bahia
Chapecoense recebe Brasil de Pelotas pela Série D
Joinvile vai a Porto Alegre tentar a reabilitação diante do São José
Metropolitano defende a liderança do grupo contra o do Pelotas em Blumenau
Marcelo Costa pode ser o novo reforço da Ressacada


Melhores momentos: Inter x São Paulo

O Internacioal saiu na frente na disputa pela vaga na finalíisma da Libertadores da América ao vencer o São Paulo, ontem, no Beira-Rio, em Porto Alegre, por 1 a 0, gol de Giuliano. Com o resultado, a equipe colorada joga por um empate no jogo de volta, que acontece na próxima quinta-feira, no Morumbi.

Confira os melhores momentos da partida no compacto da SporTV:

Expectativa: Itajaí poderá ter unidade do Exército

Por Daiane Benso
daibenso@hotmail.com

A Câmara de Vereadores entregou ao general Décio dos Santos Brasil um relatório socioeconômico sobre a região

Itajaí – A cidade poderá contar com uma unidade do Exército. Na tarde de ontem, a Câmara de Vereadores de Itajaí, através do presidente, o vereador Luiz Carlos Pissetti, entregou ao general Décio dos Santos Brasil, comandante da 14ª Brigada de Santa Catarina, um relatório socioeconômico sobre a Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí (Amfri). O objetivo foi mostrar que a cidade tem condições para receber a unidade e pedir ao general a efetivação do pedido.

Segundo Pissetti, Itajaí é uma cidade estratégica para receber a unidade do Exército. “Temos o aeroporto em Navegantes, o Porto de Itajaí, a Univali, a indústria pesqueira, o maior entroncamento rodoviário do Estado que é a BR-101. É um município que tem muito mais possibilidades de receber a unidade do que outros locais”, ressaltou o vereador, dizendo que será um “plus” para Itajaí.

EMPREGOS
O pedido para a possível instalação do Exército partiu de Pissetti, que acredita que gerará mais empregos para a cidade, e principalmente para os jovens. “A Câmara, em parceria com a prefeitura, Univali e outras entidades criaram o relatório, mostrando que temos condições para receber esta unidade. Além disso, possibilitarmos mais uma opção para os nossos jovens. Este é um pedido do povo de Itajaí”, ressaltou.

Se for efetivada a vinda da unidade, a mesma deverá investir na cidade cerca de R$ 25 milhões mensais. “É mais dinheiro injetado na economia. Temos uma área de dois milhões de metros quadrados só para o exército”, explicou o vereador.

ESFORÇO
Brasil, que está a dois meses na função, disse que se reunirá hoje em Curitiba com o comandante do Exército e já falará do pedido. “Farei o possível para que possamos trazer a unidade para a cidade. Vou me esforçar e levar o pleito da comunidade para ele, e o que tiver ao meu alcance, será feito”, enfatizou o general, ressalvando que tentará influenciar as pessoas que têm o poder da decisão.

A prefeita em exercício Dalva Rhenius participou da entrega do relatório, bem como grande parte dos vereadores de Itajaí, representantes da Associação Comercial (ACII) e Sindicato das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi). Além disso, o secretário da Generalia, tenente Amilcare José Satler, e o sub-tenente da Junta Militar da Região de Itajaí, José Luiz Pinho, acompanharam o general Brasil. 

Artigo: Sobre os Brunos e Elizas de todos os dias




Por Pablo Ritzel
psritzel@yahoo.com.br 

Advogado Especialista em Ciências Penais, Torcedor do Grêmio e Colaborador do Blog do Bruxo

Desde que fora noticiado o desaparecimento da atriz e modelo Eliza Samudio, toda a mídia brasileira deu espaço destacado para o fato. Tal situação não se deve exatamente à vítima ou ao caso, pois, infelizmente, milhares de pessoas desaparecem todos os anos no Brasil. No entanto, Eliza teve um envolvimento amoroso, do qual inclusive pode ter resultado uma criança, com Bruno Fernandes, ex-goleiro e capitão do Flamengo, clube mais popular do país, e apontado pela Polícia com principal responsável pelo desaparecimento e pela hipotética morte da moça.

Conforme a Polícia Civil Mineira, que vem conduzindo a investigação, o atleta teria liderado, planejado, financiado e participado de atos criminosos, como sequestro, tortura, assassinato e ocultação de cadáver. Ainda conforme as autoridades responsáveis pelo inquérito, outras 15 pessoas, incluindo amigos, parentes e até mesmo a ex-esposa do goleiro estariam implicadas nos supostos delitos.


É improvável que Bruno não algum tipo de envolvimento no caso, todavia, a lei deve ser igual para todos, famosos ou não. E a brasileira determina expressamente que todos devem ser presumidos como inocentes até que seja proferida  uma sentença condenatória, e mais, esta deve transitar em julgado, ou seja, não podem existir recursos cabíveis da decisão. Sendo assim, um cidadão só pode ser considerado culpado após todos estes trâmites legais.

Confirmada uma decisão neste sentido, esta tende a ser bastante rígida para todos os envolvidos. Considerando o que tem sido noticiado, Bruno provavelmente será indiciado por homicídio quintuplamente qualificado, pois existem cinco circunstâncias que qualificam o crime, cuja pena deve ser fixada entre 12 e 30 anos (art.121, §2º, I,II,III,IV,V).

Ainda, é muito provável que Bruno e os demais suspeitos deverão ser indiciados também pelos crimes de cárcere privado, ocultação de cadáver, tortura e formação de quadrilha. Todavia, é preciso lembrar que, em se tratando de crime doloso contra a vida, como é o caso, o ordenamento jurídico brasileiro determina que o julgamento seja realizado pelo Tribunal do Júri Popular, que deverá proferir um veredito, culpado ou inocente.


Entretanto, todo este procedimento parece ser mera formalidade, uma vez que a sentença já foi dada. A opinião pública, a mídia e até mesmo o Flamengo já sentenciaram: Bruno é culpado. Ainda que não se tenham provas incontroversas inclusive da morte de Eliza, Bruno já foi condenado, restando apenas que se defina o resto da sentença, pois o linchamento público já está em curso. 

A primeira sentença condenatória partiu da mídia, no caso a imprensa formadora de opinião. Veículos de larga circulação nacional, como as revistas Veja, Isto É e  Época, publicaram matérias de capa dedicadas ao caso, sendo que a última trouxe na capa o título Indefensável.

Jornais, Programas de televisão e rádio também dedicam bastante espaço para a cobertura do caso. E não se poderia esperar algo diferente se tratando de uma pessoa pública no Brasil. O que surpreende, de certa maneira, é a contundência com que se aborda e define a culpa dos envolvidos. Dificilmente se encontra alguma matéria onde sequer seja levantada a hipótese de inocência dos réus.


É verdade que, aparentemente, Bruno, Macarrão e os demais acusados, estão seriamente implicados no desaparecimento de Eliza. Também parece bastante claro que, ainda que o corpo não tenha sido descoberto, Eliza está morta. Mas não podemos ignorar os direitos e garantias que a Constituição Federal confere a todos os cidadãos, uma vez que se assim agirmos estaremos maculando ainda mais a própria noção de cidadania, tão agredida no dia-a-dia de nosso país.

E cidadania é uma palavra que parece esquecida no caso de Bruno. Ainda que seja uma pessoa pública, e que aparentemente esteja envolvido em uma trama macabra, ele ainda é um cidadão, igual a todos nós, pelo menos no tocante a direitos e garantias. E um dos direitos mais importantes com previsão em nosso ordenamento jurídico é a Presunção de inocência.

Contudo, não só a presunção de inocência tem sido agredida no caso. Outros direitos consagrados no texto constitucional também têm sido ignorados, entre eles o direito à intimidade. A exposição a qual tem sido submetido o goleiro desde que fora preso é um verdadeiro linchamento público, comparável aos impostos a séculos atrás por tribunais e regimes que a história definiu como cruéis. 


A cada ato referente ao inquérito que exija a presença dos acusados, estes são expostos como verdadeiros troféus. Isso sem contar nas seguidas entrevistas coletivas concedidas pela Polícia Civil Mineira, cujo teor é exacerbadamente desfavorável aos acusados.

No último domingo, essa ilegalidade ultrapassou todos os limites do tolerável, ao ser exibido no programa Fantástico, um vídeo gravado durante o vôo que transportou Bruno do Rio para Belo Horizonte, onde este responde questionamentos sobre o caso. O que espanta é que, em tese, somente policiais tinham acesso ao ex-ídolo rubro-negro, e portanto, foram agentes públicos que sorrateiramente gravaram as imagens e inescrupulosamente as divulgaram.

Tal exibição acarretou o afastamento das duas delegadas responsáveis pelo inquérito, numa mostra que até mesmo a cúpula da Segurança Pública mineira enxerga exageros na atuação de seus funcionários. E realmente não poderia ser diferente, pois a Polícia e demais órgãos da Segurança Pública devem ser exemplos de respeito às leis que defendem.

Ainda, o programa Profissão Repórter, exibido pela TV Globo, revelou a existência de um acordo entre a Polícia e Repórter Fotográficos, que no mínimo é discutível ética e legalmente. Segundo os profissionais de imprensa entrevistados, as autoridades policiais propuseram que em troca de não ser invadido o cordão de isolamento, a viatura que transportava Bruno seria estacionada de maneira a que proporcionasse um ângulo favorável para fotos do goleiro algemado.

Tal situação parece ter motivado o próprio clube do qual Bruno era ídolo, o Flamengo, a proferir outra sentença condenatória.  A presidente, Patrícia Amorim, anunciou recentemente que Bruno será demitido por justa causa, e ainda processado por supostos prejuízos à imagem do clube, sendo que ele nem mesmo fora formalmente denunciado, e, muito menos, julgado pelos supostos crimes.

Mais uma vez, o princípio da presunção de inocência é ignorado no caso. Sob a ótica jurídica, Bruno não está comparecendo para trabalhar porque está à disposição da Justiça, e não por vontade própria. Sendo assim não se pode falar em uma demissão por justa causa, e tampouco em um processo por danos à imagem do clube, sem que antes exista uma sentença condenatória proferida por autoridade competente, neste caso, provavelmente o Tribunal do Júri Popular.

Peço licença para uma consideração pessoal. Este texto não visa defender uma suposta inocência de Bruno e muito menos qualquer tipo de privilégio para o ex-goleiro flamenguista, pelo contrário, o que defendemos aqui é o tratamento justo e igualitário para o cidadão, sendo ele famoso ou não.

Isto porque ser uma pessoa pública não pode conferir privilégios perante à Justiça, mas também não deve justificar ilegalidades. A exposição exacerbada do atleta a cada deslocamento, a gravação e divulgação dos vídeos ilegalmente gravados e a contundência com que os meios de comunicação proferem sentenças e pareceres, sem a competência legal para tanto, são exemplos de desrespeito as garantias constitucionalmente asseguradas a todos nós cidadãos.

Não cabe a mim, ou a qualquer outro cidadão, salvo jurados de um provável júri, entrar na discussão de mérito em relação à culpa (ou inocência) de Bruno. Mas cabe a toda a sociedade fiscalizar e reprovar toda a conduta, de qualquer autoridade, que atente contra as garantias estabelecidas na Constituição Federal. Não se pode tolerar a injustiça sofrida pelo outro, merecida ou não, sob pena de vermos perpetuadas tais práticas em nosso cotidiano.

E é bom lembrar, que hoje tais agressões são voltadas contra Bruno e pessoas a ele ligadas, mas nunca se sabe o dia de amanhã. A dinâmica da sociedade moderna pode ocasionar que todos nós sejamos acusados de algo que tenhamos cometido ou não. E quando isso acontecer, o acusado, sendo inocente ou não, vai perceber a importância de serem preservadas as mesmas garantias que hoje assistimos de camarote serem ignoradas em relação aos envolvidos no “Caso Bruno”.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Itajaí: Servidores da Secretaria da Agricultura fazem manifesto contra o Governo do Estado

Mais de 100 servidores da Empresa de Pesquisa e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e da Compania Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) caminharam  na tarde desta quarta-feira por  toda extensão da Avenida Abrahão João Francisco,  popular Contorno Sul, em Itajaí, em protesto ao governo do Estado.

Eles alegam que existem pendências desde o ano passado que não foram solucionadas, tais como aumento de salário, avanço no plano de carreira e vale alimentação.Confira a entrevista com o Coordenador do Sindaspisc, Arnoldo Ramos Candido, onde ela fala sobre os problemas e as reivindicações da classe. 

Em menos de uma semana, Blog do Bruxo é destaque pela terceira vez no ClicRBS Itajaí

Saldo Positivo: Construção Civil de BC comemora aumento na demanda de trabalho

Conforme dados do Ministério do Trabalho/Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor da construção civil foi o que mais gerou emprego em Balneário Camboriú no primeiro semestre desse ano. Em 2010, já foram contratados 2.708 funcionários, gerando uma variação positiva de quase 10%, bem superior ao setor de serviços industriais de utilidade pública, que abriu 441 novas vagas.

Mesmo com o saldo positivo da construção civil, é bom lembrar que há mais de um mês, o prefeito Edson Renato Dias suspendeu, por meio de um decreto, pelo prazo de 30 dias, renovado por mais 30, a recepção de projetos de novas construções nas áreas centrais de Balneário Camboriú.

O decreto é válido para edificações acima de dois pavimentos em todo Centro, bairro Pioneiros, Barras Norte e Sul e para as construções com frente para as avenidas do Estado, Palestina, Terceira, Quarta e Quinta avenidas. O objetivo é discutir o planejamento para o estacionamento público nestas áreas do município. 

O secretário de Planejamento, Auri Pavoni, quem também é construtor civil, disse que a medida foi tomada para prevenir futuros problemas na questão do estacionamento público. “Hoje as vagas já são concorridas, se não tomarmos alguma providência é possível que em cinco ou seis anos não tenhamos mais ofertas de estacionamento público nesses locais”, afirmou.


Vídeo Entrevista


Fomos às ruas conversar com os profissionais da área, para saber mais sobre esse fenômeno na construção civil de Balneário Camboriú. Confira a entrevista com o Engenheiro Civil Orlando Gomes, proprietário da Gomes JR Construtora e Incorporadora. Ele falou sobre o mercado e suas necessidades, e também comentou o decreto provisório do prefeito Edson Periquito, que proibi a recepção de novos projetos do setor em algumas regiões da cidade.




Consciência Ecológica: Camisetas e sacolas são produzidas através da reciclagem de garrafas PET

Por Daiane Benso
daibenso@hotmail.com

A empresa já retirou 1.534.937 garrafas pets do meio ambiente até o momento

Baln. Camboriú - Minimizar os impactos causados ao meio ambiente e principalmente, estimular o engajamento com a causa ambiental são os principais objetivos da Fujiro Ecotêxtil, de Blumenau. Desde 2006, a empresa vem produzindo camisetas, uniformes, acessórios e sacolas plásticas personalizadas através da reciclagem de garrafas PET. Todos os produtos contam com o diferencial de compromisso com a sustentabilidade e a consciência ecológica.

O diretor da empresa, Bruno Sedrez, explicou que através das garrafas plásticas é feita a malha PET. “Primeiramente retiramos as garrafas do meio ambiente. Para isso, contamos com a parceria de cerca de dez cooperativas de várias cidades do Brasil. Em seguida, uma empresa de São Paulo transforma as garrafas em fibras, e posteriormente, uma empresa também de São Paulo, transforma a fibra em fio, finalizando a primeira etapa do processo produtivo”, explica.

Conforme Sedrez, o processo seguinte é o de corte e costura. “Neste momento é realizado o corte e costura das malhas em Blumenau, transformando-as em camisetas, e fazendo o layout escolhido pelo cliente”. O diretor da empresa frizou que muitos clientes já têm uma estampa definida e que outros optam pelas opções oferecidas pela Fujiro.

CLIENTES
 “Temos cerca de 300 clientes em todo o Brasil, sendo que 60% se concentram na região Sudeste, 30% na região Sul, e os outros 10% em outras regiões do país”, salientou. “A maioria das nossas vendas são de camisetas, sendo que o percentual é de 70%, e depois temos as sacolas plásticas, que atingem os restantes 30%”, ressalvou Sedrez. 

De acordo com ele, a procura pelos produtos da Fujiro tem aumentado consideravelmente, e a estimativa é de que as vendas cresçam ainda mais. “Podemos dizer que a malha já está adaptada ao mercado, visto que além do preço ser bom, na faixa de R$ 7 a R$ 20, o produto é totalmente ecológico”, enfatizou. Segundo o diretor, os principais clientes da Fujiro são Oi, Caixa, Banco do Brasil, Banco Real, Votorantim, Greenpeace, SOS Mata Atlântica, Vivo, Tim, Electrolux, Unilever, Gol Linhas Aéreas, Visa, Vale, Gerdau.

PRODUÇÃO
O diretor da Fugiro contou que são produzidas 100 mil camisetas por mês, e que a meta para este ano é de chegar a dois milhões de camisetas. “Queremos até o fim do ano ter produzido este número. Temos um produto bom, e, além disso, colaboramos com a sustentabilidade ambiental”, ressaltou.

Quanto aos funcionários, Sedrez falou que trabalham 25 pessoas diretamente na empresa, e que mais de 200 pessoas trabalham indiretamente. “Temos parcerias com muitas empresas terceirizadas, colaborando assim com o emprego indireto de muitos trabalhadores”, afirmou.

SUSTENTABILIDADE
Sedrez enfatizou que a Fujiro já retirou 1.534.937 garrafas pets do meio ambiente até o momento. No entanto, segundo ele, a sensação de objetivo alcançado ainda não chegou. “Não podemos parar por aqui. A cada dia são produzidas mais e mais PETs, então a cada dia temos que reciclar mais e mais. Precisamos da ajuda de pessoas conscientes e que querem fazer sua parte para a melhoria de nosso planeta. A reciclagem inteligente destas garrafas torna-se uma ótima opção de sustentabilidade”, finalizou.

Arte: Divulgação/Google

terça-feira, 27 de julho de 2010

Navio Cargueiro: Você já viu um atracando?

Confira a entrada de um navio cargueiro no Porto de Itajaí. As imagens foram feitas pelo jornalista Deivid Couto em uma de suas pautas no centro da cidade.

Dica de Som: Cazuza - O poeta está vivo ( 2007)


O Poeta Está Vivo foi lançado em 2007 pela Som Livre. Porém, foi gravado durante a turnê de Só Se For A Dois, no Teatro Ipanema, no Rio de Janeiro, em 1987. O repertório do álbum é formado pelos maiores sucessos da carreira solo de Cazuza , e de sucessos do Barão Vermelho.


Confira a faixas:

Só Se For A Dois
Heavy Love
Todo Amor Que Houver Nessa Vida"
Vai A Luta
Completamente Blue
O Nosso Amor A Gente Inventa (Estória Romântica)
Ritual
Codinome Beija-Flor
Um Trem Para As Estrelas
Quarta-Feir"
Solidão Que Nada
Bete Balanço
Brasil"
Por QueA Gente É Assim?"
Exagerado
Lobo Mau Da Ucrânia
Pro Dia Nascer Feliz"
Maior Abandonado"

Acessibilidade: Empresa desenvolve projetos possibilitando o deslocamento de pessoas com mobilidade reduzida

Por Daiane Benso
daibenso@hotmail.com

A cada ano aumenta em 20% a necessidade de adaptação de locais

Baln. Camboriú – O Decreto Federal 5.296/04 diz que a acessibilidade é um direito de todos os cidadãos, não abrange apenas pessoas com deficiência auditiva, mental, visual e física, mas também crianças, idosos e gestantes. Porém, são poucas as cidades que oferecem estas condições. Por isso, há três anos, OAMV Engenharia do Elevador está em Balneário Camboriú desenvolvendo projetos alternativos que possibilitam o deslocamento e a integração de pessoas com mobilidade reduzida, em condições de igualdade tanto no trabalho como na vida social. 

Segundo o engenheiro industrial eletrotécnico e diretor da empresa, Oscar Marinero Vanegas, a OAMV oferece soluções inovadoras, modernas, desenvolvidas e fabricadas com alta tecnologia. “No segmento de elevadores, temos os hidráulicos ou eletromecânicos, comerciais, residenciais, panorâmicos e de carga. Já quanto à acessibilidade, oferecemos plataformas e cadeiras “salva escadas” (retas e curvas) e equipamentos motorizados portáteis”, explicou.

EQUIPAMENTOS
Vanegas também ressaltou que a OAMV oferece equipamentos e soluções para cada empresa ou residência. “Está necessidade está surgindo agora, e nós fazemos um estudo especifico de cada caso para proporcionar a melhor solução, ou seja, adaptar a necessidade do cliente com o local”, contou.

“A cada ano aumenta em 20% a necessidade de adaptação de locais”, enfatizou Vanegas. Conforme ele, a empresa instala cerca de 30 a 40 equipamentos no mês. “Trabalhamos em cidades do Brasil todo, como Bahia, Vitória, São Paulo, e principalmente nos estados de Santa Catarina e no Paraná”. Vanegas lembrou ainda que os equipamentos custam desde R$ 25 mil até preços mais significativos.

O diretor da empresa também frisou que muitas pessoas às vezes deixam de alugar ou até de comprar determinados imóveis, pela falta de acessibilidade. Além disso, Vanegas observou que esta questão é um descaso público, bem como, a própria sociedade não cobra atitudes das autoridades.  

EMPRESA
Muitos profissionais trabalham na empresa e com a empresa, segundo o diretor. “Há cerca de 40 pessoas envolvidas. Temos os próprios funcionários e também os prestadores de serviço”, explicou Vanegas, que também afirmou que as empresas devem ter registro no CRE. Quanto à manutenção, são feitas mensalmente, bimestralmente. “Depende de cada situação, de cada equipamento. A maioria dos nossos equipamentos vem da Itália, principalmente de Milão”, finalizou.

Arte: Divulgação/Google