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Batoré: Alegria a serviço do povo Foto: Deivid Couto |
“A linha” é a linha de ônibus 102, que faz o transporte da galera que se desloca do bairro dos Amores para as outras regiões de Balneário Camboriú. Sidney Souza, 43 anos, há 15 pilota o micro-ônibus branco e azul que roda pela cidade levando a população que reside e visita o Vale do Itajaí.
Sempre sorridente e educado, Batoré dirigi, cobra, conversa, explica e diverte os cerca de 150 passageiros diários que utilizam a linha das 06hmin às 18h. Em 12 horas, ele refaz oito vezes um longo e belo caminho de uma hora, que passa por todas as regiões da cidade. “É sempre a mesma coisa, mas com essa paisagem, esse presente de Deus, não tem como ficar estressado”, fala o motorista, referindo-se à vista que se tem do oceano e da praia central de Balneário ao chegar em cima do morro da estrada da Rainha.
Viagem harmoniosa
É “meu amor pra cá, minha querida pra lá”. O trajeto começa e se estende no maior bom-humor e com a maior troca de gentilezas que já vi em um transporte público. A energia do amor e do bem é característica notória nos metros quadrados que compõem o veículo comandado por Batoré.
“Oi meu amor! Tchau minha querida!”, são frases que teu ouvido acostuma ouvir no tempo de deslocamento da linha 102. Dona Maria de Lourdes, 58 anos, é passageira de Batoré há dois, gritou do fundo do ônibus: “Ele é muito legal, se alguém falar mal dele eu brigo”.

Mas não pensa que é só a mulherada que curti e troca gentilezas com o popular Batoré “catarinense”. O estudante Wilian Silva, 19 anos, é amigo de Souza há mais de dez. “O Batoré é um cara muito massa né velho, sempre animado com a galera, dá um ânimo pro nosso dia”, garante o estudante.
Ele veste a camiseta
Natural de Lages, Batoré veio parar no litoral norte, pois a Expressul, que também é da cidade natal de Souza, assumiu o transporte público de Balneário. “Sempre trabalhei na mesma empresa. Adoro minha profissão, quando escolhi ser motorista decidi que iria até o final. Daqui há quatro anos me aposento, mas seguir trabalhando, pelo menos em um horário. Não tem como ficar parado, né meu irmão!?”, projeta.
Em todo esse tempo de empresa e pilotando a mesma linha, Batoré disse que nunca teve maiores problemas. “Nunca bati, apenas bateram em mim. O pior que aconteceu foi entrarem uma vez no ônibus enquanto eu estava em horário de descanso e roubaram o dinheiro do dia. Nunca passei por um assalto, graças a Deus”, conta o motorista.
Confira no vídeo abaixo, as entrevistas do motorista famoso e dos passageiros que fazem parte da história dos 15 anos da linha 102, e claro, muito mais:
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