terça-feira, 16 de novembro de 2010

Praia Brava: Há mais de duas décadas na espera por paradas de ônibus

Com o caminhão o ônibus não consegue dobrar de primeira
Se você não é morador ou frequentador assíduo da Praia Brava, de Itajaí, provavelmente terá problema para utilizar o transporte coletivo no bairro. Não existe nenhuma parada de ônibus por toda a extensão da rua Delfim Pádua Peixoto (via que faz o trajeto do transporte público). 

Para piorar a situação, os motoristas da Coletivo têm dificuldade de realizar a manobra de mudança de faixa para  a avenida  Carlos Drumond de Andrade (outra via do trajeto), pois a “parada fantasma” fica logo na dobrada do ônibus, em frente ao Mercado Monalisa, onde carros ficam estacionados.

“Já teve batida. As pessoas estacionam o automóvel em cima da faixa de segurança e os motoristas do ônibus não conseguem manobrar, é uma confusão’, conta Robson Mafra, atendente do mercado e morador da região há 20 anos. O jovem ainda lembra: “Nunca teve parada de ônibus aqui, esse problema já é antigo”, completa.

Ingrid Corrêa, 17, caixa, falou que muita gente entra no mercado só para pedir informação. “De cinco pessoas que entram aqui, quatro perguntam sobre o transporte coletivo. Quem é turista não sabe quando e como usar o ônibus”, reforça Ingrid. “Outro problema é quando chove ou tá muito quente. Não existe cobertura, é complicado para as pessoas”, finaliza.

Mais de duas décadas

Fotos: Deivid Couto
Seu Natalício Soares confirma a informação de Mafra que nunca teve parada de ônibus no bairro. Há mais de duas décadas ele utiliza a linha do Coletivo. Hoje, com 68, precisa da ajuda de uma muleta para andar, devido a problemas nas costas.

Se não bastasse o problema na lombar e nos joelhos, na falta de um acento para esperar o transporte coletivo, ele senta numa bicicleteira de férro que o estabelecimento comercial existente no local disponibiliza para seus clientes guardarem as magrelas enquanto fazem compras. “Nunca teve parada de ônibus aqui. Eu tenho muita dificuldade de pegar o transporte, eu ando até de muleta. A dificuldade é grande meu filho”, desabafa Soares.


O que diz a Coletivo e a Prefeitura
Tuani Nunes, gerente de marketing da Coletivo, disse que em  2006 a empresa entregou para Prefeitura150 novas estruturas para s troca das paradas, mas que a localização é de responsabilidade dela. “Não sei  por que não colocaram pontos cobertos e sinalização na praia Brava. Isso é com  eles”, declarou Tuani.


Já o secretário de Obras, Francisco Zanelatto, disse que a demanda de paradas de ônibus da cidade é muito grande, e que como o poder aquisitivo das pessoas que moram na Praia Brava é maior, e a quantidade de usuários de transporte público é menor, o bairro não é prioridade da prefeitura. "Tem outros lugares que precisam de paradas antes que a Praia Brava. Mas colocaremos duas parada cobertas na Delfim Pádua Peixoto até o final do ano", prometeu Zanelatto.

Confira no vídeo feito pelo jornalista Deivid Couto, as imagens da manobra do ônibus e as entrevistas com a galera que enfrenta o problema:

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