Brava: A água passou a areia e formou poças nas restingas |
No último final de semana, a Praia Brava de Itajaí estava realmente “brava”. Pra se ter uma ideia, as ondas formavam poças de água após a areia, junto a restinga que separa a praia da avenida beira-mar. Em Balneário Camboriú, o mar e a avenida Atlântica ficaram separados por poucos metros de areia. Já em Floripa, na praia da Armação, as ondas chegaram a dois metros de altura.
João Baptista de Carvalho, Doutor em Engenharia Oceânica , diz que o fenômeno natural é normal e acontece nessa época do ano. “Todo outono e inverno tem ressaca, e sempre é forte”, afirma.
Conforme Carvalho, o fenômeno natural acontece devido a um conjunto de alguns fatores oceanográficos, mas especialmente três deles: frentes frias, ciclone extra tropical e as ondas. “Os ventos sul-sudeste empurram a água para a costa. Associado as mudanças climáticas, a maré sobe para uma posição elevada até se transformar em astronômica”, explica o Doutor.
A situação das praias do Vale
Balneário: As ondas ficaram a poucos metros da Atlântica |
Segundo Carvalho, o fato das praias estarem mais vazias nessa época do ano, transmite a sensação que a orla da praia está mais próxima do calçamento. “No verão as praias ficam mais gordas por estarem mais cheias. A tendência é a praia fazer uma autoerosão, mas como tem acontecido ressacas sistemáticas, as praias da região não estão conseguindo se recompor, por isso a água parece estar cada vez mais próxima do calçamento”, comenta o oceanógrafo.
Moles provisórios
O professor também comentou sobre como deve se agir caso a ressaca venha atingir a área residencial. “Muitos governantes ficam pressionados no calor da ressaca e colocam pedras para proteger as casas (popular moles). Além de ser muito caro, este processo apenas retarda a derrubada das casas. É melhor deixar a casa cair e construir outra depois”, avisa Carvalho.
Confira no vídeo abaixo aonde a ressaca estava nesse final de semana nas praias do Vale do Itajaí:
Nenhum comentário:
Postar um comentário