O secretário de Segurança de Itajaí, Carlos Ely de Castro, protocolou ontem a tarde junto à procuradoria do Município, o pedido de abertura de sindicância pra ver se rolou desvio de função da Coordenadoria de Trânsito Peixeira (Codetran), após os guardinhas serem flagrados por bizolhudos no calçadão da Hercílio Luz agredindo, algemando e levando um dimenor na baratinha do órgão, depois que o guri passou pedalando sua magrela em horário que não era permitido.
Carlos Ely falou que já comunicou ao coordenador da Codetran, José Alvercino Ferreira sobre a futura sindicância. “A procuradoria tem que abrir um processo administrativo. A partir de agora é com o procurador, vai caber a ele decidir se a denúncia é cabível de advertência, suspensão ou exoneração. Já comuniquei ao Zé (José Alvercino) que juntasse as provas”, fala o abobrão.
O mandachuva da Codetran disse que tá tranquilo em relação ao caso, e que agora é esperar o julgamento da procuradoria. “Vai ser feita uma sindicância interna, certamente vão ser chamadas as partes envolvidas, as testemunhas, e a procuradoria vai dar o parecer. Uma sindicância como todas as outras. Recebi mais de 100 ligações de solidariedade, que Itajaí precisava de uma operação como essa”, diz.
Willian Zulian, 18 anos, entregador de água, que teve a zica apreendida na quarta-feira à tarde, explicou bem com foi a treta e disse que os guardinhas pegaram a zica pra ele entregar a água a pé. “Eu tava passando bem devagar pelo calçadão quando um guardinha se meteu na minha frente, como tava com a bomba de 20 litros, não parei e ele saiu correndo atrás de mim. Acabamos discutindo e eu tive que entregar a água sem a bicicleta. Quando voltei da entrega, eles me devolveram.”, conta indignado.
O que diz o procurador
João Paulo Tavares Basto Gama, procurador Geral do Município, ainda não recebeu o pedido de sindicância do secretário de segurança, mas adiantou que uma comissão vai analisar o caso pra saber se a treta deve ser apurada. “Se o caso for grave, é aberta uma sindicância, como um inquérito policial. Se for comprovado elementos mínimos de materialidade e autoria, ai passa a ser um processo administrativo”, explica.
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