Peixeiros fazem do rio Itajaí-mirim um ESGOTÃO clandestino

Se você pegar uma lancha e navegar por toda extensão do rio Itajaí-mirim, verá manchas pretas na água, sentirá um fedor desgraçado e ainda correrá o risco de parar o barquinho num sofá ou numa geladeira. Não é pegadinha, é fato consumado e diagnosticado pela fundação do Meio Ambiente de Itajaí (Famai).

O rio virou um baita esgoto clandestino na cidade, e isso tá rolando porque poucas casas que estão às margem têm esgoto, fossa ou filtro pra aguentar a porcalhada. O fato faz com que a maioria do povão que mora perto do Itajaí-mirim despeje seus lixos nas águas. Com a estiagem e a alta da maré a coisa piora, pois o rio não consegue avançar pelo canal até o mar, fazendo com que as podreiras que estão no fundo subam e ocasionem as manchas pretas e o fedor.

Nilton Dauer, superintendente da Famai, disse que a solução é fazer um mapeamento das casas existentes na região do rio e depois realizar uma ação em conjunto com a secretaria de Obras pra também limpar os aguapés, que dificultam a vazão do Itajaí-mirim.

Mas o mapeamento começará apenas em junho, com uma nova equipe técnica, que será efetivada após concurso público. Uma assistente social acompanhará os barnabés pra fazer um laudo socioeconômico das famílias que vivem no local. As que tiverem condições financeiras terão que arcar com a estrutura de esgoto sanitário exigido pelo município. Já as mais carentes ganharão um arrego da prefeitura.

O secretário de Obras, Tarcízio Zanelato, falou que a situação é cabreira e que a ação conjunta com a Famai não tem data pra rolar. “Esse problema é antigo e preocupante. Mas não temos uma previsão pra começar as obras”, finaliza.