Por Daiane Benso
daibenso@hotmail.com
Acordei naquela manhã cinzenta de sábado, diferente, interrogando-me sobre o sentido da vida, do porquê de tantos por quês. Na noite anterior havia discutido com uma grande amiga por picuinhas, coisas insignificantes, que ao invés de construir, só dilaceram relações. Mas foi esta discussão, este pequeno momento de infelicidade que colocou em risco uma amizade de anos, que passei a pensar mais sobre o real sentido de viver.
Nestes questionamentos e indagações, de como tão efêmera é o existir, lembrei-me da frase do autor Mário Bonatti: “A vida tem a cor que você pinta”. Pensei então, nas cores que pintavam o meu dia-a-dia, se eram escuras e frias, ou alegres e contagiantes. Neste momento, vários acontecimentos foram permeando em minha mente de situações que tiraram o brilho da minha vida, de percalços doloridos e lamentáveis, de coisas que poderiam ter sido evitadas e, muito melhor aproveitadas.
Porém, ao mesmo tempo em que passagens tristes do meu caminho foram lembradas, um filme de lindas recordações fizeram eu me orgulhar de ter vivido. Os almoços de domingo em família, as brincadeiras na escola, o encantamento na juventude, a vontade de sempre pedir bis.
E foram com estes pensamentos que impetuosamente confrontavam as minhas emoções, que aquela manhã de sábado cinzenta, de repente, começou a ganhar vida. Aos poucos fui percebendo que o que realmente vale a pena na vida, é de fato viver. Percebi que sou responsável por todos os meus atos e cabe somente a mim mudar as minhas atitudes e construir um novo e colorido amanhã.
A partir daquele momento tornei a minha vida um eterno cor de rosa, misturado com traços verdes escuros, um pouco de azul e pinceladas de branco. Decidi naquela manhã que todas as minhas futuras recordações seriam mescladas com as cores do arco-íris, exatamente assim, como decidi que a minha vida seria.
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